A edição passada do jornal não me deixa mentir. Errei, e errei feio. O Santos não passou por cima do Palmeiras. Perdeu, e ainda por cima de virada. Isso posto, fica claro que não tinha como fugir desse assunto no artigo desta semana. Poderia apenas fazer uma citação ou falar somente disso, e acabei optando pela segunda opção.
O amigo leitor me pergunta: por que você errou feio? O palmeirense já deve ter a resposta de cor....ora, ele não sabe nada de futebol. Ou até pior...ele errou feio porque escreve com o coração, sempre vai defender o Santos, e desta vez se deu mal.
Nenhuma das alternativas, meu caro. Errei feio porque se trata de um clássico, duelo onde o favorito tem mais chances de perder do que um jogo comum. Errei feio acima de tudo porque o Palmeiras, estimulado por parte da imprensa que desconfiou do seu poder de superação (na qual eu me incluo diretamente) jogou como se fosse a partida da sua vida.
Esse novo Santos, infelizmente para ele, tem conseguido tirar o melhor dos seus adversários e se prejudica com isso, para o seu desespero e alegria de quem ama o futebol. Para quem duvida desta tese basta assistir aos jogos contra o Paulista e a Portuguesa, que endureceram ao máximo os confrontos mas ocupam posições medianas na tabela do Estadual.
Somado a isso está o fato de que as populares dancinhas dos atletas santistas na hora da comemoração irritam (e muito) os adversários. Inflamados pelo que acharam uma provocação, os palmeirenses jogaram com muita raiva contra o Santos (basta ver a empolgação de Pablo Armero na hora da comemoração de um dos gols) e conseguiram ganhar o jogo na raça. Os corintianos também prometeram fazer de tudo para ganhar em caso de novo encontro contra o alvinegro praiano na fase final. Isso prova que os santistas incomodam, algo que pode acabar atrapalhando o próprio time na reta final.
Mas é bom ressaltar que acertei no meu palpite por 40 minutos. O Santos ‘deitou e rolou’ nesse período contra o Palmeiras, era amplamente superior na partida contra um rival dominado e só não ‘matou’ o jogo porque não teve competência. Depois do gol de Robert o Palmeiras ganhou o fôlego que precisava e reagiu muito bem. Porém, na minha humilde opinião, o jogo merecia ter terminado empatado.
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