Amigos,

Estive lá trabalhando no clássico entre Corinthians e Santos. Fui designado para repercutir a derrota por 4 a 2 dos Meninos da Vila.

E o que eu vi foi um time que fez um primeiro tempo muito bom e um segundo muito ruim, talvez mais por mérito do adversário.

Mas o que eu mais vi (e que me preocupou demais) foi o tom das reclamações sobre o técnico Dorival Júnior. Vi também o que talvez fosse a entrevista coletiva mais irritada (talvez até com razão) do treinador.

Dorival foi metralhado de perguntas sobre reclamações dos jogadores e das suas substituições erradas.

Passou quase que o tempo todo se explicando sobre isso, e pouco falou do jogo.

O leitor pode me falar: mas ele errou mesmo, nada mais justo que seja questionado, não? Sim, mas não é isso que está em questão.

O que está em questão é que cada vez mais a autoridade dele está sendo colocada em jogo. E ele precisa reagir, senão para sair do clube é um passo muito curto.

O Santos caiu de rendimento, isso é fato. Penso que a maratona dos jogos seja o fator principal para essa queda.

Esse problema, somado ao fato da autoridade questionada de Dorival Júnior, fazem a parada da Copa do Mundo vir em uma hora excelente para o time.

Com um mês de treino, sem a overdose da mídia em cima, e com os ânimos menos exaltados, tenho a convicção que o Santos ficará forte novamente para os inúmeros desafios que vão vir no segundo semestre.

Afinal de contas, ainda temos a Copa do Brasil, o Brasileirão e a Copa Sul-Americana.

Fale com o colunista: renan_prates@hotmail.com