Depois de findada mais uma folia de Momo, escrevo aqui para falar sobre o que acontece com uma das grandes forças do futebol brasileiro: o Palmeiras, que sofreu uma humilhante derrota para o São Caetano em seus domínios para um público sofrível (pouco mais de três mil pagantes enfrentaram a chuva de São Paulo e voltaram para casa de cabeça cheia).
A grande verdade é que o Palmeiras ainda não se recuperou do vexame do ano passado, quando era o líder do Campeonato Brasileiro com uma boa margem para o segundo colocado, mas teve a proeza de não conseguir se classificar nem para a Copa Libertadores deste ano.
Para a nova temporada, o clube apostou na manutenção das suas principais peças de referência (Cleiton Xavier e Diego Souza) e fez contratações modestas (como os bons, porém sem poder de decisão, Marcio Araujo e Léo).
O atacante Vagner Love foi embora, assim como Obina, e não veio ninguém para o lugar dos dois. O caso do ex-corintiano Ewerton, pelo menos até agora (quinta-feira), continua como uma novela sem fim. O meia Lincoln é um bom jogador. Mas a vinda dele ainda é pouco para um time que carece de mais referências ofensivas.
O amigo leitor deve estar perguntando: o técnico Muricy Ramalho é o culpado? Creio que não, pois ele realmente tem poucas opções no seu elenco. Não penso que o técnico deva cair. Mas acho que alguma coisa precisa ser feita. Se esse ambiente letárgico não for alterado, o Palmeiras corre sério risco de nem se classificar para a semifinal do Paulistão.
Por incrível que pareça, o clássico contra o São Paulo veio em boa hora para Muricy Ramalho e companhia. É a situação perfeita para se conquistar uma boa vitória e jogar a crise para o outro CT da Barra Funda. Mas, sinceramente, tenho serias dúvidas de que isso possa vir a acontecer. Sou mais o São Paulo no clássico, com sobras.
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