Amado por muitos, e odiado por outros tantos, o Corinthians completou neste primeiro de setembro 100 anos de vida. E merece, sim, os parabéns, por que não?
O Corinthians é um clube necessário para todos: tanto para os que amam quanto para os que odeiam. Sem ele, o futebol ficaria mais chato. Quem os corintianos amariam? Quem os não-corintianos teriam inveja ou tirariam sarro?
Como todos sabem, não sou corintiano. Estou longe de amar o Corinthians, mas o respeito muito pela posição que ele tem na cultura do nosso futebol. Pode estar na série B, pode conquistar um título, esse time é abordado quase que da mesma forma.
Presenciei como jornalista um fato que me marcou até hoje. Um jogo após a sofrida eliminação na final da Copa do Brasil para o Sport, os corintianos lotaram o Pacaembu e cantaram o tempo inteiro incentivando o time contra o Brasiliense, num espetáculo de arrepiar.
Quais outros times grandes de São Paulo fariam o mesmo? É caso de se pensar.
E é um clube com esta envergadura que fez 100 anos. E é digno de nota o trabalho da diretoria comandada por Andrés Sanchez no período anterior a essa comemoração.
Ter no elenco jogadores do calibre de Ronaldo e Roberto Carlos, construir um CT e caminhar para tirar o tão sonhado estádio do papel não é para qualquer um.
Apesar de ser questionável como pessoa, é inegável o bem que fez para o Corinthians (e para o futebol) como presidente.
Enfim, que venham mais 100 anos de Corinthians, como Corinthians. Esse time do povo, que gosta de ganhar sofrendo, amado e odiado da mesma forma, enfim, um time incomum. E que continue sem ganhar a Libertadores. Senão vocês, corintianos, vão ficar insuportáveis.
Renan Prates |